terça-feira, 25 de novembro de 2008

Segunda -Feira...que afinal foi na terça!

Voltar a trabalhar com pessoas que trazem os nervos à flor da pele dá comigo em doida....
UHHHHRRRRRR....

Fim de semana em casa...

"....Aqui vou eu cheia de garra

Aqui vou eu cheia de força

aqui vou eu depressinha para casa de fim de semana...."


Realmente lá fui eu de fim de semana .


Depois de uma formação no Luso.....de ter ficado a dormir no Grande Hotel do Luso, de ter passeado pelo Buçaco e ter feito outras outras coisas giras, parti rumo a casa disposta a mimar a minha mãe.

A minha querida mãe decidiu ficar à minha espera no domingo e apesar de ter coisas programadas, preferiu ficar à minha espera.


FANTÁSTICO!!! ....adorei ser mimada.


Depois disso tudo, gostei do frio, das folhas douradas do outono, do vento que percorria todo o espaço, do meu ar, do ar das minhas raízes...


É bom estar em casa....

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Para os amigos...


«metade de mim»



Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.

Que a pessoa que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu fale não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas,
como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.


Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba,
e que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é a plateia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor
e a outra metade
também...

De alguém cujas palavras valem a pena ser escritas.

Palavras Soltas....


Há dias que nem tudo corre mal.


Hoje salvamos mais um doente após uma breve paragem cárdio-respiratória.
Fomos buscar o Sr. doente (a outro mundo) e demos-lhe mais uns curtos meses de vida.

Nestas situações as coisas estão a acontecer tão depressa que não foi fácil organizar o pensamento e discernir o que devia fazer e em que momentos o devia fazer. O pânico apodera-se de nós e deixa-nos um pouco tontos. Somos quase incapazes de repetir aquilo que teoricamente tantas vezes ensaiamos, até que lá chega o clik e avançamos.

É desconcertante...

Para além disso as pessoas amontoam-se para ver passar o carrocel, o circo fica montado e não fosse a atenção de alguns o caso teria sido infeliz. Abençoados sejam pela vossa calma!



Posso dizer, que no fim de tudo isto, se não fosse o abençoado atraso português, o Sr doente tinha feito a paragem algures num corredor perdido e por causa do apagão fisiológico tinha ido de vez para o outro mundo.

Moral de toda a História: VIVAM OS ATRASOS!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Natal...

O natal....novamente ...



Aí chega ele cheio de luzinhas que teimam em nada deixar. É sempre o mesmo não deixa ninguém indiferente, vem e vai, é o tudo e o nada...


O impressionante é que ele só exista uma vez por ano e teima em ser sempre a 25 de Dezembro. Vem catita e arrumado, bem disposto e consumista. Arranja na bagagem caminho para lembranças sobre os pobrezinhos, os doentes dos hospitais, os pedintes e as meninas de rua assim como para tantos outros desgraçadinhos que nos são impingidos a toda a hora.
Aquele natal que a maioria acha bonitinho não é assim tão arranjado.
Precisa de fazer uns pillings, colocar botok pegar nas peles, cortar e voltar a cozer...a necessidade é de tal ordem só a privada tem a acessibilidade para resolver o infortúnio tão depressa quanto o desejado. O grande problema de tal reformulação é a brevidade da resolução, porque pelos vistos tudo volta a envelhecer e voltamos ao mesmo...
Vicissitudes....quem as não têm!!!
Até já!!!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Voltei...

Bom dia...

Apesar de tanto tempo sem dar notícias, volto aqui a este meu espaço há tanto tempo abandonado...
É bom saber que agora falo só para alguns dos meus mais fieis visitantes, aqueles que me conhecem, me acompanham na minha vida e fazem parte dela.

Como tal sabem muito bem onde trabalho, aquilo com o que lido e os desafios que vou enfrentando no dia a dia... as minhas inseguranças, medos e por outro lado algumas certezas.

Lidar com a vida humana todos dias é desgastante. Vejo as suas fragilidades e revejo-me muitas vezes na situação dos doentes com os quais trabalho pelo que me dá muito medo....