segunda-feira, 10 de março de 2008

O preço de um milagre...

Há coisas que ficam guardadas, apenas porque não temos tempo de olhar para elas.

Por causa desse tipo de situações, só hoje é que me deparei com uma história fantástica, que há quase uma semana estava dentro de uma revista em cima da minha secretária.


Einstein dizia que Deus não joga aos dados, pelo que acredito que existem momentos, que embora pareçam meras coincidências não são mais que breves momentos de espaço acertados por Deus para nos fazer VER.
É certo que hoje um desse timings comoveu-me, sem saber bem porque.

Mas como os mistérios acontecem sem os percebermos aqui vos deixo a pequena história.


“ Uma menina, apenas de seis anos de idade, ouviu os seus pais a conversar sobre o seu irmãozinho mais novo. Do que ouviu percebeu que o menino estava muito doente e que não havia dinheiro para o curar. Os pais decidiram mudar de casa porque não havia dinheiro suficiente para pagar as contas do médico e o aluguer do apartamento. Só uma intervenção cirúrgica, muito cara, poderia salvar o menino e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro.
A menina ouviu o pai a dizer à mãe, num murmúrio desesperado: só um milagre poderá salvá-lo”.
Sem que os pais se apercebessem, foi ao seu quarto, procurou, no armário, um frasco. Despejou todo o dinheiro que tinha, no chão, e contou-o, cuidadosamente, por três vezes. Não podia haver engano. Voltou a colocar as moedas no frasco, com cuidado, e fechou a tampa. Saiu devagarinho, pela porta do fundo e procurou a farmácia mais próxima. Já na farmácia, esperou, pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado. O tempo passava e a angústia aumentava. Finalmente foi atendida!
- O que queres? Perguntou o farmacêutico aborrecido – estou com o meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há muito tempo.
- Bem …eu quero falar-lhe sobre o meu irmão – respondeu a menina também aborrecida – ele está muito doente …e eu quero comprar um milagre.
- Como? – Balbuciou o farmacêutico, admirado.
- Ele chama-se André e está com alguma coisa muito má a crescer dentro da cabeça e o pai disse que só um milagre o poderá salvar e é por isso que eu estou aqui. Então, quando custa um milagre?
- Não vendemos milagres. Desculpa, mas não posso ajudar-te – respondeu o farmacêutico já com mais suavidade.
- Escute, eu tenho aqui dinheiro para pagar. Se não for dinheiro suficiente conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa, insistiu a pequena.

O irmão do farmacêutico era um homem muito gentil. Deu um passo em frente e perguntou à menina:
- Que tipo de milagre precisa o teu irmão?
- Não sei – respondeu ela, levantando os olhos suplicantes para ele – só sei que está muito mal e a mãe disse que ele precisa de ser operado. Como o pai não pode pagar, quero usar o meu dinheiro.
- Quanto tens? – Perguntou o homem de Chicago.
- Um euro e onze cêntimos! Respondeu a menina, num sussurro.
- É tudo o que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.
- Que grande coincidência! – Sorriu o homem – é exactamente o preço de um milagre para irmãozinhos.
O homem pegou no dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse:
- Leva-me até tua casa. Quero ver o teu irmão e conhecer os teus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que tu precisas.
Aquele senhor gentil era um cirurgião especializado em neurocirurgia. Alguns meses depois, André estava em casa, recuperado e feliz. A família comentava a sequência dos acontecimentos. Gostariam de saber quanto custou a operação. A menina sorria. Ela sabia exactamente quanto custava um milagre. Um euro e onze cêntimos… mais a fé de uma menina."

Não há situação pior que seja, que resista ao milagre do amor.

1 comentário:

Tim disse...

Gostei!
É uma história comovente, com um final feliz... Ao que a inocência e o amor podem levar...